domingo, 18 de março de 2007

P.... de Pança,Sancho Pança

«En este tiempo, solicitó don Quijote a un labrador vecino suyo, hombre de bien —si es que este título se puede dar al que es pobre—, pero de muy poca sal en la mollera. En resolución, tanto le dijo, tanto le persuadió y prometió, que el pobre villano se determinó de salirse con él y servirle de escudero.

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Decíale, entre otras cosas, don Quijote que se dispusiese a ir con él de buena gana, porque tal vez le podía suceder aventura que ganase, en quítame allá esas pajas, alguna ínsula, y le dejase a él por gobernador della. Con estas promesas y otras tales, Sancho Panza, que así se llamaba el labrador, dejó su mujer y hijos y asentó por escudero de su vecino.»

Sancho Pança é o personagem de figura cómica, baixinho, atarracado e montado num burro, numa representação genial dos limites de uma realidade mesquinha e medíocre, dando-se o encontro no cap. 7), e surgindo como contraponto ao esbelto fidalgo Dom Quixote, cavaleiro, que persiste em lutar contra moinhos de vento ou rebanhos de ovelhas, e que teima em defender “sonhos maiores do que nós”.

Nesta história fantástica, El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de la Mancha ( cuja a 1ª edição data de 1605), temos Pança a acompanhar o anti-herói (que afinal é o heroi da história), caracterizado como “cavaleiro da triste figura” mas contendo nessa solidão toda a fragilidade e grandeza Humana. Num mundo de hoje, rápido e desumanizado, essa fragilidade é tocante, opondo uma idealista honra “quixotesca” (termo, de entre outros, com origem acrescentado ao dicionário) a uma muito concreta, pragmática «adaptação à ordem de valores vigente, mais do que aceitação dela.» (Maria Teresa Nunes)

A ilustração é de outro P....... de Picasso

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