temo e espero, e do ardor ao gelo passo,
e voo para o céu, e desço à terra,
e nada aperto, e todo o mundo abraço.
Prisão que nem se fecha ou se descerra,
nem me retém nem solta o duro laço;
entre livre e submissa esta alma erra,
nem é morto nem vivo o corpo lasso.
Vejo sem olhos, grito sem ter voz;
e sonho perecer e ajuda imploro;
a mim odeio e a outrem amo após.
Sustento-me de dor e rindo choro;
a morte como a vida enfim deploro..»
e voo para o céu, e desço à terra,
e nada aperto, e todo o mundo abraço.
Prisão que nem se fecha ou se descerra,
nem me retém nem solta o duro laço;
entre livre e submissa esta alma erra,
nem é morto nem vivo o corpo lasso.
Vejo sem olhos, grito sem ter voz;
e sonho perecer e ajuda imploro;
a mim odeio e a outrem amo após.
Sustento-me de dor e rindo choro;
a morte como a vida enfim deploro..»
Francesco Petrarca (n. em Arezzo 19 Jul 1374, m. em Pádua 20 Jul 1304)
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